Em 1934, membros do Rotary Club de Santos se uniram e promoveram diversos eventos beneficentes para arrecadar recursos, e com eles adquirir equipamentos ortopédicos para doarem às “crianças pobres e deficientes”.
O número de crianças carentes e deficientes que necessitavam de assistência ortopédica aumentava de forma espantosa naquela época. Foi então que o conceituado Médico Ortopedista do Hospital Beneficência Portuguesa, Dr. Ernesto Magalhães Hafers, também rotariano e extremamente dedicado, convenceu a Diretoria do hospital e abdicou de pagamentos para realizar cirurgias e disponibilizar leitos para pacientes com deficiências. Os demais custos eram pagos pela “Subcomissão de Assistência à Criança Aleijada” do Rotary Club de Santo que realizavam quermesses, bazares, chás beneficentes, vendas de doces, entre outros eventos.
Devido ao aumento do número de crianças com deficiências, a “Subcomissão de Assistência à Criança Aleijada” decidiu criar um hospital especializado em atendimento a crianças com deficiências. No entanto, para a concretização deste sonho foi preciso apoio da Legião Brasileira de Assistência (L.B.A), instituição que tinha o direito de uso de um terreno no bairro da Ponta da Praia, em Santos. Por meio de um comodato, a concessão foi cedida ao Rotary Club de Santos.
Enquanto as cirurgias e atendimentos eram realizados no Hospital Beneficência Portuguesa, a Subcomissão, com o apoio da comunidade e algumas autoridades, trabalhava na construção do Hospital Casa da Esperança.
Hospital Casa da Esperança em construção.
Com missão cumprida, em 24 de julho de 1957, o Rotary Club de Santos entregava à população da Baixada Santista o Hospital Casa da Esperança, especializado em atendimento de crianças com deficiência, completamente equipado e em pleno funcionamento.
Assim nascia a nossa querida Casa da Esperança de Santos®…
Fachada da Casa da Esperança de Santos em 1957.
O Hospital atendia diariamente cerca de 150 crianças, contava com 12 leitos em seu centro cirúrgico. Já em seu ambulatório contava com consultórios médicos, salas de fisioterapia, sala de raio-x, hidroterapia, um parque de cinesioterapia onde as crianças realizavam exercícios ao ar livre de forma lúdica e com brincadeiras.


Para oferecer esses serviços a comunidade, a Casa da Esperança de Santos® contava com a contribuição dos associados, mantenedores de leitos, das prefeituras da Baixada Santista e do Estado da União.
Fonte: Acervo Casa da Esperança de Santos®