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Efeito da Gaiola de Habilidades na Paralisia Braquial

O que você vai encontrar nesse post:

 

  • O que é Paralisia Braquial?
  • Quais os tipos de Paralisa Braquial?
  • No que a Paralisia Braquial pode limitar a criança em seu dia a dia?
  • O que é a Gaiola de Habilidades e para que serve?
  • Quais as possibilidades de estímulos para o paciente com Paralisia Braquial dentro da Gaiola?
  • Quais os resultados observados?

 

1. O que é Paralisia Braquial?

Paralisia Braquial é definida como uma paralisia que compromete o membro superior do recém-nascido, interrompendo os sinais que vão do cérebro para os músculos impedindo que a musculatura do braço, antebraço e mão,  funcionem adequadamente. O sinal da pele até o cérebro também é interrompido, causando perda de sensibilidade na área afetada.

 

A Paralisia Braquial é conhecida como um trauma no plexo braquial que  é uma estrutura nervosa composta pelas raízes dos nervos espinhais cervicais e torácicos, e é responsável por levar movimentação e sensibilidade aos membros superiores.

 

2. Quais os tipos de Paralisia Braquial?

 

Paralisia de Erb-Duchenne – É o tipo mais comum de lesão, correspondendo a 75% dos casos. Estes pacientes não têm alteração de sensibilidade, nem comprometimento dos  movimentos do punho e da mão.

 

Paralisia de Klumpke – Na Paralisia de Klumpke, forma mais rara, estes pacientes têm um comprometimento no movimento das mãos , do punho e dos dedos.

 

Paralisia Braquial Total – A lesão de Erb-Klumpke é resultado de uma lesão total, uma forma mais grave de lesão, pois além de alterações motoras, são observadas alterações na sensibilidade.

 

3. No que a Paralisia Braquial pode limitar a criança em seu dia a dia? 

A paralisia braquial traz a preocupação com a possível sequela motora que estas crianças possam adquirir e permanecer até a vida adulta. A grande maioria apresenta recuperação espontânea, observada ainda nos três primeiros meses de vida, enquanto a minoria, apesar de não haver recuperação funcional completa, conta com o cuidado terapêutico e cirúrgico para minimizar tais sequelas.

 

4. O que é a Gaiola de Habilidade e para que serve?

Com cintos, sistemas elásticos, faixas de suspensão e trilho de marcha, a Gaiola de Habilidades permite realizar diferentes exercícios e treinar habilidades de uma forma dinâmica e lúdica, o que possibilita posturas com mais autonomia.

 

Assim, o paciente consegue realizar movimentos de forma independente ou com ajuda, pois são utilizados elásticos para a suspensão parcial da criança, a fim de reduzir a força gravitacional, facilitando o movimento. Esses elásticos são ajustados em suas tensões, conforme o objetivo terapêutico.

 

5. Quais as possibilidades de estímulos para o paciente com Paralisia Braquial dentro da Gaiola?

 

Proporcionar movimentação ativa do membro afetado, na postura ortostática (em pé), estimulando o ganho na extensão de cotovelo e elevação de ombro. Aprimoramento da preensão, tudo dentro de um contexto lúdico e animado. Nessa postura, utilizamos bolas de variados tamanhos com alvos a serem atingidos, brinquedos de encaixe e outros itens a serem alcançados acima da linha do ombro. Esse trabalho viabiliza a percepção do lado do corpo atingido, estabilizando o movimento de ambos os lados.

 

Na postura de prono suspensa (posição de Super Homem), estimulamos a descarga de peso, que acontece junto com a extensão do cotovelo, punho e dedos das mãos. Com isso, melhoramos a mobilidade. Utilizamos pequenos objetos para busca (rastreamento) e encaixe, promovendo deslocamento de maneira ativa.

 

6. Quais os resultados observados?

Em três meses de tratamento com a paciente, que para manter seu sigilo chamaremos de G. de 1 ano e 11 meses, já pudemos observar melhora na amplitude articular durante a extensão ativa do membro superior afetado (cotovelo e ombro), bem como sua funcionalidade operacional e perceptiva, ou seja, G. utiliza mais o membro durante as atividades do dia a dia e percebe melhor o lado do corpo afetado. Quanto ao movimento fino (da mão), observamos significativo ganho no movimento de pronação, ou seja, segurando melhor o objeto com maior apoio do polegar.

 

Autores:
Luciana Curcio Gonçalves Frade – Terapeuta Ocupacional
CREFITO3 3346- TO
Eliane Calumby de Souza Lopes – Fisioterapeuta
CREFITO 118360 – F

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